O texto na vanguarda desta postagem é de autoria de um brasileiro que muito se destacou na política, o baiano Rui Barbosa, que além de ser grande orador, também foi jurista, advogado, diplomata, escritor, filólogo, jornalista e tradutor. As palavras, que se tratam de fragmento de um discurso que proferiu no Senado da República Velha, em 1914, ainda ecoam fortes nos dias atuais, onde assistimos atônitos os escândalos sucessivos de corrupção e ladroagem da dita classe política.
O ano de 2018 está chegando. Faltam alguns meses para que nós, cidadãos assustados deste país espoliado, compareçamos às urnas visando votar em quem serão nossos futuros representantes, notadamente o Presidente da República, os Senadores e os Deputados Federais e Estaduais. É claro que o contexto é tremendamente desfavorável, assim creio, aos políticos que possuem mandato e os que já o possuíram algum dia, muitos deles enrascados com as Polícias, o Ministério Público e a Justiça no encalço. Será, depois de tudo isso, depois de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, que estamos aprendendo a lição? Será que estamos aprendendo a votar? Eis algo muito sério a pensar.
As mudanças necessárias na lei eleitoral vêm a passos de tartaruga, infelizmente, pois se houvesse verdadeiro interesse dos legisladores, tenho certeza de que nos protegeríamos bastante do lixo humano que aí está a nos representar (ou parasitar, como queiram). Ora, se nesse embuste que os Congressistas apelidaram de “reforma política”, ocasião na qual toda a Nação percebeu que as discussões mais acaloradas giraram em torno da grana que financiaria eles próprios, o nefasto fundo público de campanha, eles trouxessem à baila o que realmente interessa à sociedade, um avanço importante seria registrado. Nada sobre a possibilidade do eleitorado cassar o mandado de alguém que mentiu ao eleitor ou se comportou de maneira inadequada, o chamado recall de políticos, nada sobre o voto facultativo, nada sobre o suplente que não votamos e nem conhecemos ocupar de imediato a cadeira de quem é convidado a assumir postos no Executivo, dentre outras falhas e omissões graves. Mas, enfim, como publicou o Estado de São Paulo no mês passado, essa reforma se resume a um mero “remendo eleitoral”. Mais um vexame dos excelentíssimos, mais um. Desenvoltura para se meter em assuntos escusos a maioria deles tem, mas para legislar…
Voltemos às urnas. Em 2014, aqui no Estado do Rio de Janeiro, as eleições foram marcadas por um desinteresse descomunal. Para se ter uma ideia, Pezão se reelegeu com 4.343.298 votos (55,78%). Já a soma total dos brancos, nulos e abstenções chegou a 4.348.950, 5.652 votos a mais do que Pezão recebeu. Esse fenômeno tem sido replicado em nível nacional. O resultado do 2º turno da eleição suplementar no Amazonas, por exemplo, é um recado fortíssimo sobre o ânimo do eleitorado brasileiro. Em Manaus, capital daquele Estado, mais de 45% dos eleitores não escolheram ninguém. Esse foi o percentual de abstenção, brancos e nulos.
E se os políticos não empolgam, seja porque são incompetentes, inoperantes (alguns mal sabem falar/escrever) ou estão envolvidos em alguma picaretagem, a sociedade vai se mobilizando de forma intensa e progressiva nas redes sociais. A mais recente novidade nesse sentido é o movimento “Não Reeleja Ninguém”. Numa enquete feita pelo Blog do Noblat, na qual participaram 2.845 eleitores, 70% deles afirmaram que aprovam a ideia de não votar em político que hoje tem mandato.
Só nos resta apelar e votar em branco ou até mesmo não comparecer para votar ( a multa é baratinha, em torno de 4 reais na última eleição).
Eu também estou decepcionada!
Acho que deixar de votar não é a solução, tanto que temos aí o Pezão e o Crivella, que tiveram menos votos do que os nulos e brancos, e estão prejudicando a sociedade. Acredito que, no momento em que estamos vivendo, o mais inteligente é não votar em políticos conhecidos, políticos de carreira, reeleger pessoas que sabemos do que são capazes de fazer pois estamos vivendo na carne os mandos e desmandos deles.
Temos que renovar, e 2018 é a hora de fazermos isso, existem muitas pessoas de boa índole que nunca ocuparam cargo público e estão dispostas a tentar mudar o cenário político atual.
Olá, sou amiga da Eliana Tanner e estou aqui pra dizer que estou com meu facebook aberto para compartilhar suas ideias .. sei que és um homem de caráter. Vou compartilhar seu blog, para que assim, outros venham conhecer seu trabalho. Abraços ..
Mauro, infelizmente não saiu como a gente esperava. Vamos fazer o possível pra reverter essa situação. Vamos à luta, precisamos de mudanças.
Vamos acabar com essa corja. Precisamos de mudanças. Já passou da hora. O povo não aguenta tanta corrupção.
A expectativa seria o amadurecimento dos políticos e consequente reflexo benéfico na sociedade, hoje, em quem votar? Tiririca, Silvio Santos, Faustão, Luciano Huck. Sei não!
Dr. Mauro Blanco, nesse eu confio!!!!